domingo, 3 de março de 2013

Conto de um bipolar apaixonado parte 1


Era um entardecer de sexta-feira me encontrava sobe meus riscos, com pessoas que fingiam ser próximas. Acendendo um cigarro após o outro e tentando entender o real motivo de continuar ali, durante todo o tempo me fiz perguntas sobre o que era correto. Será que seria possível continuar mais tempo naquela mesma situação? O que importava nisso tudo eram os sentimentos de prazer em conhecer algo novo, fazer algo diferente de tudo do qual eu achava ser possível.  Dias se passaram diante de toda aquela mesma rotina. Acontece que nada poderia ter mexido com o meu mundo daquela forma a não ser que não tivesse a conhecido.
Droga! Eu pensei... Realmente minha vida estava de cabeça para baixo, eu já não me sentia responsável pelos meus próprios atos. E tudo parecia ser mais um filme do qual estaria protagonizando.  Acontece que eu não tinha o poder de selecionar qualquer tipo de cena nesse filme, ele simplesmente acontecia. E acontecia na minha cabeça, fervendo por dentro e camuflando meus ideais. Logo permiti que aquilo continuasse sem controle algum. O difícil não é confiar em alguém e sim entender que as pessoas erram e isso irá se repetir durante toda a vida, pois isso transmite aprendizado. Minha mente confusa com vários pensamentos a todo o momento me atacando, milhões de sentimentos, vontades e desejos.
Até que algo aconteceu. Mesmo se perdesse a visão eu poderia encontra-la diante as multidões, foi como se não existisse mais milhões de vozes gritando em minha mente, tudo que se poderia ouvir era silencio. E como uma canção eu sentia seu perfume, juro que poderia ouvir até mesmo o seu coração, cada batimento insinuando poesias para o meu estado de espírito. Eram anjos me tirando do abismo das quais minha própria mente poderia produzir.
Aconteceu como se eu estivesse trancado em um quarto escuro sem luz e a luz acabara de voltar, estava fora na escuridão, mas permanecia presa em meu próprio mundo aquele do qual eu criei para me manter longe de tudo que me atormenta. Então mais uma vez me veio aquele sentimento de está em casa, me sentia protegido. O que poderia ter acontecido comigo? Comecei a me importar mais do que comigo mesmo, ao invés de uma mente vazia só conseguia pensar nela. Meus problemas pareciam está em parte todos resolvidos, ela me fazia querer ser mais, acontece que aceitar o termo “amor” parecia deixar expor o meu ponto fraco.
O medo de amar e não ser amado em retorno.

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